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Mostrando postagens de setembro, 2010

Aos olhos de Deus

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Senhor, Tu me sondas e me conheces. Sabes quanto assento e me levanto, De longe conheces todos os meus caminhos. Examinas o meu andar e o meu deitar, Todos os meus caminhos são bem conhecidos de Ti. A palavra nem me chegou á boca e tu já a conheces por inteira. Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim põe tua mão. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim, tão elevado que não posso alcançá-lo. Para onde fugirei do teu espírito, Para onde irei da tua presença. Se subo aos céus lá tu estás, Se desço ao mais profundo da sepultura, lá te encontro. Se tomo as asas da alvorada para habitar nos limites do mar até ali a tua mão me guiará, a tua destra me susterá. Se eu disser: que as trevas me cubram, e que a escuridão me rodeie, de nada adiantaria, pois não há trevas para ti. Tu vistes ainda no ventre de minha mãe, quando eu era somente um embrião, de modo maravilhoso me formaste. (alusão, minha, livre ao Sl 139) Essas são as palavras do salm

A proporção do perdão

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Um líder religioso convida Jesus para jantar em sua casa. Os convidados tomam seus lugares à mesa, reclinados. Em determinado momento, sabendo que Jesus estava ali, entra uma mulher, vinda da rua, da escuridão e da vida e se põe aos pés de Jesus. Ela começa a chorar aos seus pés e a enxugar as lágrimas que lavavam os pés de Jesus com os cabelos. Uau... que cena! O chefe religioso que havia convidado Jesus pensa consigo: "Se esse Jesus fosse mesmo profeta saberia que a mulher que chora aos seus pés não passa de uma prostituta." Jesus sabendo o que se passava em seu coração (aliás, a mente e os sentimentos dos religiosos são muuuiito previsíveis...) lhe conta uma parábola: Dois homens deviam ao rei, um devia R$ 10,00 e outro R$ 10000000000,00. Como não tinham como pagar, ambos foram diante do Rei pedir que lhes perdoasse a dívida. E assim foi, o Rei lhes perdoou a dívida. Isto posto, Jesus pergunta ao religioso, quem amará mais ao rei. Após breve momento de reflexão

Lúpulo dos olhos

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Estrelas de brilho lúgubre, luzeiros de vida fugaz. Alegram-se, os incautos, sob sua luz sem atinar para sua desvanescência. Lampeões de querosene numa estrada insólita. Seres herméticos, embriagados de si mesmos. Lúpulo dos olhos suas palavras incestuosas. Lôbrega chama de pálido calor. A quem procurais ludibriar? Os céus ou os homens? Infausto intento, pois a dor é o alento dos que só enxergam tua luz. Timóteo

exilado

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Encarcerado. Instintos como grades, desejos como guardas, muros de certezas. Há paz no silêncio da ignorância, mas, não há liberdade. Que importa a liberdade para quem só faz o que quer sem querer saber por que quer? Ah, se conseguisse ao menos chorar! Chorar as bicas, sem parar, até ficar sem forças. Isso daria a meu exílio algum sentido, e pelo fato de haver algum sentido, algum consolo. Contudo, não há nenhum nem outro. Ah se eu conseguisse chorar... Meu nome eu tomei emprestado, As roupas não são minhas. As palavras, eu as ouvi de alguém, e são só as que eu sei. Nem sei se sei falar, e em que língua eu falaria. Até porque “eu” é coisa que não existe. “Eu” é o país do exílio. Preso em mim, De mim quero fugir de barco para abraçar quem sou. Nem que for só para chorar.