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Mostrando postagens de novembro, 2018

Cartas de amigos do Caminho

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Segue as cartas de irmãos que decidiram encarar a radicalidade do Evangelho com a sinceridade e a profundidade com que ele deve ser abraçado, na totalidade da sua simplicidade e a consequente perplexidade que ele gera em nós. De modo que o que se segue é a manifestação do coração de muitos em quem o Espírito de Jesus tem se instalado e aprofundado para que com coragem e a face descoberta enfrentem as trevas das pseudo-fés para chegar a tocá-Lo para além dos véus da hipocrisia. Pois é assim que Ele disse que seria para quem quisesse de fato segui-lo, no caminho entre "eu" até eu-Nele haveria sempre a necessidade da cruz, a morte do eu-sem-Ele todos os dias. A morte de relações relativas para alçar uma espiritualidade como a de Jesus. Portanto, estas são as cartas de muitos no Caminho. Eis as cartas: Como muitos que conheço, eu fui cristão...Deixei de ser, é verdade, mas minha saída não representa uma saída de Cristo uma vez que nele nunca estive. Deixei de ser cristão des

Daniel na cova dos leões

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Outro dia me deparei com esta obra de  Briton Rivière, pintor e aquarelista neo-clássico, nascido em Londres em 14 de agosto de 1840 (Wikipédia). A obra se chama "A resposta de Daniel ao rei", é inspirada na passagem bíblica na qual Daniel é lançado na cova dos leões por ordem do rei Dário, o Medo (Daniel capítulo 6). Enfim, gostei tanto que coloquei como imagem de fundo da área de trabalho do computador. Me peguei parado diante da tela do computador por alguns minutos meditando nessa bela obra. Apesar da obra de Rivière possuir contexto próprio, percebo nela arquétipos muito vívidos do Evangelho. Sendo assim, gostaria de compartilhar minhas impressões pessoais da obra à luz de algumas compreensões do Evangelho. O primeiro aspecto que me chama atenção na obra é a centralidade da luz , todos os demais elementos da pintura reagem a ela. A luz é o centro da obra. Nem Daniel, nem os leões ou o espaço, a luz é elemento organizador do universo da obra. Daniel está com os ol

Jesus é insuportável!

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"Que farei de Jesus, que é chamado de Messias?", esta é a pergunta de Pilatos à multidão de judeus que entregara Jesus de Nazaré ao então governador da Judeia. De modo que ele deveria escolher entre a vida de um homem sabidamente inocente à arcar com as implicações de uma possível revolta popular de cunho político-religioso, que naquele momento, às vésperas da Páscoa, com as ruas de Jerusalém apinhadas de gente, aspirações nacionalistas à flor da pele por parte dos judeus, se configuraria, provavelmente, num banho de sangue. Quando lemos a narrativa de Mateus quase que se pode ouvir o som dos passos frenéticos nas ruas apertadas da cidade, os comerciantes e o cheiro de revolta no ar. Pilatos cede à pressão popular orquestrada pelos líderes religiosos judaicos temendo um mal maior. Entrega Jesus para ser crucificado. Lava as mãos. Resguarda a si mesmo, sua posição, seus interesses sublimados na imensidão das complexidades políticas e religiosas que envolviam a situação, ape