40 dias com o Espírito - Dia 04: Como encontrar Deus em meio à pandemia?
Acalmando o coração:
escolha um lugar e um momento em que possa separar pelo menos 15 minutos para
esta atividade. (não leve o celular para este momento)
Oração: comece respirando
lenta e profundamente. Concentre-se em sua respiração. Depois de algum tempo recite,
pausadamente, o salmo 46:10: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”. Expire
fundo e diga as palavras ao expirar.
Meditação
Um antigo
ditado diz: “Para encontrar Deus suba ao monte, para encontrar a si mesmo,
vá ao deserto”. Sim, o cume monte é o ambiente de Deus porque está nos céus. O
nosso Pai está nos céus. E os céus estão dentro de nós (como meditamos no dia
03). Carregamos a eternidade no peito, pois o Deus Eterno habita nosso espírito.
Nosso espírito é a dimensão em nós que excede ao intelecto. É no nosso espírito
que o habita o Espírito de Deus. É ao nosso espírito que o Espírito Santo se
comunica. É em nosso espírito que Ele testemunha que somos filhos de Deus, é em
nosso coração que ele ora incessantemente com linguagem inacessível à razão.
Por isso também oramos, nos comunicamos com o Espírito, com linguagem que não
se limita a códigos racionais. De modo que as coisas espirituais se
discernem espiritualmente. Ou seja, a comunicação do Espírito Santo se dá em
nosso espírito, a partir daí, altera todo nosso ser e nossas relações, o mundo
material, a história. Mas tudo começa na relação do Espírito no nosso espírito.
Tudo se inicia na eternidade, posto que, a eternidade não é uma medida de
tempo, mas uma qualidade de vida. Eternidade é a vida conectada a Deus, a vida
que acontece em nosso coração, onde o Espírito habita. De modo que, para se
chegar a Deus é necessário descer ao quarto secreto do nosso coração. Os "céus" não são uma geografia. Os céus são toda esfera de existência conectada a Deus, na qual sua vontade é efetivamente realizada. Por isso, ao nos abrirmos para conexão que Jesus nos possibilitou com o Pai por meio do Espírito, nosso coração se torna casa de Deus. É lá que Ele
está. No templo não construído por mãos humanas. Mas, no templo eterno cujas
dimensões se alargam à medida que se vai entrando nele, sem que jamais se encontre o fim. Posto que, não há limite para o amor de Deus em nós. No entanto, adentrar esse templo
santo, acessar esse lugar de conexão com Deus é simples, mas, não é fácil. A dinâmica de nosso cotidiano abarrotado de tarefas e preocupações, as ansiedades e dores nos faz insensíveis ao convite do Espírito. Há
de se atravessar o deserto de nossa alma turbulenta para chegarmos ao nosso coração. É "deserto da alma" por dois motivos. O primeiro por que a alma é árida, seca, é o ambiente que só experimenta vida ao ser regado pelo Espírito. Em segundo lugar por que nele nada se produz que possa alimentar o ser de modo perene. Por isso o deserto é o lugar da tentação. Nele seremos tentados a produzir uma existência por meios que não são os meios do Espírito. Por isso, não fazemos essa jornada sozinhos, o Espírito Santo é que nos guia por ela.
Sobretudo, é Ele que nos insere na caminhada. Por isso se trata de uma jornada
espiritual. O Espírito nos guia através do vale onde a morte cobriu nosso ser.
Os caminhos assombrados pela dor, ansiedade, pelo medo. De modo que haveremos de nos conhecer a nós mesmos, guiados pelo Espírito, para
compreendermos que todas as buscas que fizemos, todas as sendas que trilhamos, ansiávamos apenas por esse lugar onde podemos nos assentar com Deus
e O conhecermos, como por Ele somos conhecidos. O Espírito percorre conosco os vales
da sombra da morte levando luz, que ressignifica nossa história, cura nosso passado, restaura o presente e anuncia
a glória que virá. Nesses dias, mais do que nunca, temos sido levados pelo Espírito a nos tornarmos conscientes de nossas próprias ansiedades e angústias. Sobretudo, Ele nos tem conduzido ao lugar secreto do nosso coração, ao monte Santo de Deus.
Reflexão
1. Por
onde o Espírito tem te levado nesses dias?
2. Qual tem sido sua resposta à condução daquilo que o Espírito tem
conduzido?
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