jesus e a "teoria de tudo"

 "Pela fé compreendemos que os mundos foram organizados pela Palavra de Deus. Por isso é que o mundo visível não tem sua origem em coisas manifestas." (Hebreus 11.3)O que era desde o princípio, o que ouvimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam a respeito da Palavra da Vida. A Vida se manifestou, nós a vimos e testemunhamos, e vos anunciamos a Vida eterna que estava com o Pai e a nós foi revelada.”  (1 João 1.1,2)

O "santo graal" da ciência, desde que Tales de Mileto afirmou "tudo é água", consiste em desenvolver uma teoria totalizante que descreva o princípio formativo do universo, o que os cientistas chamam de "a teoria de tudo". Einstein conseguiu desenvolver uma equação, a "teoria da relatividade geral", mas, que se aplica somente ao macrocosmos, ou seja, a corpos de grande massa. Já para descrever o universo sob atômico é necessário utilizar os princípios da mecânica quântica. O problema é que essas duas teorias são inconciliáveis, posto que, de acordo com os modelos teóricos propostos o funcionamento do universo sub atômico é completamente diferente da dinâmica observada no macrocosmos. Esse dilema resolver-se-ia caso os cientistas encontrassem a “partícula de Deus”. A partícula formadora de todos os elementos do cosmos. Esse é o objetivo do “Grande Colisor de Hádrons” (LHC), encontrar o elemento gerador da vida. A chave para, finalmente, encontrar a teoria que explica toda a vida no universo e sua formação.

O que não passa de uma loucura, até mesmo do ponto de vista filosófico. Pois, como afirma Nietszche em sua crítica à Tales de Mileto, "trata-se de um absurdo, a água não pode ser o todo, posto que é também parte". O princípio da vida não pode ser nada visível, matéria. Não pode ser algo que existe. Posto que, se existe, já não é princípio é causa. Surge daí um retrocesso sem fim, de ovos e galinhas que se sucedem na briga para saber quem nasceu primeiro. Todavia, esse retrocesso arqueológico (arché gr. "princípio") científico não possui as ferramentas necessárias para provar o princípio da vida. Pois, a fé é a prova das coisas que não se vêem. Só a fé prova e demonstra o princípio da vida. Esse é o drama de Einstein e dos cientistas, não conseguir demonstrar numa equação a sua fé. 

Fato é que a "a partícula de Deus", o princípio da vida no universo se manifestou, e não foi no "Colisor de Hádrons". O princípio de toda a vida se manifestou em Jesus de Nazaré, o Verbo, a Palavra criadora (João1.1), o princípio de tudo o que existe tornou-se acessível para quem quiser ver, tocar, cheirar. A vida se manifestou. O princípio formativo de todo o cosmos esteve entre os seres humanos. Andou, comeu, abraçou. "Pela fé compreendemos que os mundos foram organizados pela Palavra de Deus. Por isso é que o mundo visível não tem sua origem em coisas manifestas." (Hebreus 11.3). O princípio formativo do cosmos não pode ser verificado no laboratório. Pois, Jesus é a equação que explica o cosmos. "Porque Nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis (...), Ele é antes de tudo e tudo Nele subsiste." (Cl 1.15s)  O coração humano iluminado pelo Espírito de Jesus é a única máquina científica capaz de discernir todas as coisas no universo. É a máquina quântica, capaz de visitar outras dimensões, viajar no tempo, romper com a temporalidade. Enoch foi transportado do espaço-tempo para uma dimensão atemporal de modo que os efeitos do tempo não mais o atingiam (Hb 11.5). Paulo visitou outras dimensões para além desta (2 Co 11). Abel recebeu consciência de coisas que lhe transcendiam. Assim como a história absurda dos magos do oriente que receberam consciência de que uma criança nasceria num determinado tempo e que aquela criança era o Messias,  e mais, saíram e chegaram ao ponto exato onde Jesus havia nascido. 

A Palavra é a tecnologia com que Deus cria o cosmos. E, o produto criador da Palavra no cosmos, Deus chama amor. Amor é a o resultado da reverberação da palavra, que é o Espírito. Amor é produção, "fruto do Espírito". O Espírito cria, e tudo o que cria, cria dentro da ordem do amor. Sendo que amor é a manifestação exata de quem Deus é. O amor é o axioma de Deus. “Deus é amor”; “Deus é luz; nele não existe a mínima sombra de treva.” (1 João 1.5). O universo funciona a partir desse axioma, amor. Sem amor, o universo não funciona, é lançado em processo de morte. De maneira que, o amor é a tecnologia de Deus para o desenvolvimento da vida com qualidade eterna, ou seja, uma vida sem as marcas da morte.

Amor, esta é a segurança do universo, o amor de Deus. A Palavra não só é a criadora como é também o softwere que faz com que o universo funcione perfeitamente. Só o a presença da tecnologia do amor possibilita a criação de um universo autoconsciente, não autômato. Posto que o processo de autoconsciência do cosmos (salvação) encontra seu no modelo ontológico em Jesus. Pois tudo o que existe está sendo formado de acordo com as características genéticas da Palavra que é Jesus. Ou seja, a criação está caminhando de consciência em consciência, de "fé em fé" à seu propósito, ser tudo o que pode ser visto em Jesus de Nazaré, o Messias, a isto chamamos: salvação. Jesus de Nazaré é a “salvação” porque é criador (iniciador), o processo, e a garantia de sua completude. Autor e consumador da fé. Por isso, o justo só pode ter vida "pela fé".


Portanto, salvação é processo de "autoconsciência", "fé", em Cristo. Que é todo ser "iluminado" pelo a Glória do Senhor (Apocalipse 21). Que é quanto todo o universo, visível e invisível chegar à consciência de Cristo e por essa consciência for completamente iluminado. Ou seja, quanto a consciência, quando a vida do Cristo, que é o amor, for a lógica de toda criação. A existência experimentada em todo seu potencial tecno-lógico. então, como afirma Pedro, seremos participantes da “natureza divina”, esse é nosso propósito último. Entendemos que o universo está sendo conduzido em processo de aprendizagem a respeito de seu destino eterno, de sua natureza. Isso porque, Deus não criou um universo mecânico, autômato. Os seres humanos estão em processo de aprendizagem do que é ser de fato humano em sua natureza mais essencial.

Timóteo


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