Maria

Maria é aquela que acolhe a revelação, "Maria, contudo, observava silenciosa todos os acontecimentos, e refletia sobre eles em seu coração" (Lucas 2:19). Ela acolhe a Palavra e é fecundada pelo Espírito, experimentando em si a gestação de uma nova vida, a vida de Cristo. De modo que Maria é uma maquete existencial da Igreja. Posto que a Igreja é esse ser que tem por prioridade o acolhimento da Palavra, da Revelação e que experimenta em si a gestação de uma nova vida, a vida de Cristo. A Igreja é o corpo, a sociedade humana que experimenta processos de gestação até que Cristo seja formado, parido na história, para que Deus seja conhecido e em sendo conhecido o ser humano seja salvo da alienação em relação a Deus, tornando-se sabedor de sua origem e seu propósito.

Sendo assim, como Maria, a Igreja é:

Primeiro, aquela que é agraciada, abençoada com uma Palavra, uma consciência de amor que, em sendo fecundada, processada pelo Espírito gera uma vida completamente nova e eterna.

Segundo que, como Maria, a Igreja, a sociedade está sendo engravidada pela consciência de amor e deve se permitir ser fecundada em amor. Deve viver não mais para si mesma, mas para proteger, cuidar e nutrir a todos os filhos que o Pai tem gerado no mundo por meio da consciência do amor. No processo deverá suportar todo tipo de vergonha e perplexidade e contar ainda com uma boa dose de perseguição.

No entanto, o final do processo verá brotar de si e em si, Cristo, a salvação de Deus para toda humanidade. Manifestará ao mundo a salvação.

Lucas 1:26-35 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Daniel na cova dos leões

Diálogo - Darcy Ribeiro e Leonardo Boff

Como ovelhas sem pastor