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Mostrando postagens de março, 2015

qual a profundidade da sua vida?

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Em uma frase Paulo resume o imperativo de uma vida com sentido de ser, uma vida com propósito. Diz ele: " Se vivemos no Espírito, andemos também no espírito " (Gálatas 5.25). A  maioria de nós pode ser que já tenha lido esta frase ou ouvido em algum momento, no entanto sem compreender seu sentido dentro do contexto do pensamento do irmão e apóstolo Paulo. De modo que, ela tenha se tornado aos nossos sentidos apenas um recurso literário de ênfase ao que quer que seja " viver no Espírito ".  Contudo , não se trata disso. Primeiro que " viver no Espírito " é o lugar para o qual fomos transportados quando cremos que morremos e ressuscitamos com Cristo. Fomos carregados, pela cruz de Jesus, para o domínio da Luz, ou seja, estamos sob a influência do Espírito, não mais sob o imperativo da morte e do pecado. Pois o Evangelho afirma que há duas esferas de existência, a do "Espírito" e a da "carne". Há uma existência que se dá sob a influên

será que você nasceu de novo?

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As pessoas começam a caminhada na religião e logo aprendem que precisam que "nascer de novo", que devem matar "o velho homem", fazer morrer suas compulsões, desejos malignos e toda a sorte de desordem no ser expressas em ódios, iras, irritabilidades, preconceitos, culpas, irreconciliações. Ou seja, ouvem e aprendem que quem já nasceu de novo, que não vive mais como sempre viveu, produzindo desencontros pela existência.  Ouvem que se deve viver como "filhos de Deus", ou seja, gente que nasceu de Deus e que, portanto, está completamente livre do poder do pecado. Gente que é outra natureza liberta das pulsações do próprio ser, livres do egoísmo. Gente liberta das ansiedades essenciais, dos medos da morte, do futuro. Gente liberta das presenças culposas do passado. Pois, essas sim são pessoas que nasceram de novo. Pessoas capacitadas a perdoar, a amar, acolher a quem quer que seja. Gente que é pacienciosa, que suporta com bondade a fraqueza dos outros e que n

será que você conhece a Jesus mesmo?

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Paulo diz que, se antes conhecera Cristo e tudo mais segundo a carne, agora, (depois de tornar-se nova criação) já não era mais assim (2 Co 5.16), pois a fé que o atingira conferia a ele uma nova consciência. Sim, pois o Evangelho gera no ser uma nova consciência, ou seja, todas as categorias de percepção, interpretação, conhecimento, vontade, tudo é mudado, o centro intelecto-emocional da vida muda, a mente se abre para outro mundo no qual a realidade que se descortina diante dos olhos é totalmente outra fundamentada na cruz de Jesus. Trata-se de um renascimento radical da consciência de modo que o olhar sobre a humanidade, sobre si mesmo e sobre Jesus mudam por completo. A questão é que essa operação que o Espírito opera na consciência (o novo nascimento) se dá pela fé na morte e ressurreição de Jesus, a fé na cruz de Cristo. Contudo, no cristianismo (a religião que se vale do nome do Cristo), a cruz de Jesus foi esvaziada de seu sentido, despojada de sua graça escandalosa. E, em

Você precisa saber: a fé para vencer o "eu mesmo", o pecado e o diabo

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Jesus disse a Nicodemos: " Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem , a fim de que todo aquele que crer tenha nele vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo que deu seu filho para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna  "  (João 3.14-16) Nessas palavras Jesus revela a Nicodemos o que lhe era necessário fazer para entrar no Reino. Ele diz que Nicodemos precisava nascer novamente. E para explicar ao mestre religioso de Israel o que isso significava ele se vale de uma imagem extraída do contexto histórico-redentor de Israel, que é a imagem mencionada no verso 14 acima da serpente que Moisés levantou no deserto conforme a narrativa de Números 21. 4-9. Está escrito que o povo tomou o caminho do mar de Suf, em direção ao golfo de Ácaba, para contornar as terras de Edom. A essa altura  da caminhada o povo se revolta contra Deus e contra Moisés e, por conta da revolta, Deus envia "se

Bethesda: uma parábola da existência na religião

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Conforme o relato de João (5.1-9), havia em Jerusalém um tanque chamado Bethesda, dividido em cinco pórticos com água. O tanque ficava próximo à Porta das Ovelhas a pouca distância do Templo. Neste lugar ficava uma multidão de doentes, pessoas com toda a sorte de enfermidades. As águas do tanque se agitava de modo intermitente. Acreditava-se que o mover das águas se dava devido o toque de um anjo e o primeiro que entrasse na água após ela se agitar ficava curado. Havia ali um homem, enfermo a trinta e oito anos. Ele estava deitado, todavia, não se diz que ele é paralítico. João diz que ele era doente ( asthenéia = sem força, enfraquecido (a [part. neg] + sthenós [força] ), a paralisia é deduzida pela resposta do homem a Jesus, indicando que ele não podia se locomover sozinho com agilidade, pois até que ele chegasse às águas outro entrava antes dele.  Jesus vendo que ele jazia doente a muito tempo manda que ele levante, tome o leito (um estrado) e ande. Porque Bethesda é uma parábola

abandonando as máscaras de nós mesmos: a cura para todo "evangélico"

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Jesus ensina seus discípulos: " quando orardes não sejais como os hipócritas, pois que apreciam orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem admirados pelos outros. Com toda certeza vos afirmo que já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando orares, vai para o teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente " (Mateus 6.5-6 KJ) Essas palavras de Jesus estão inseridas num contexto mais amplo que se refere à relação dos discípulos com Deus, referidas como sendo as "obras de justiça", que são os sinais externos de quem tem relação com Deus. Portanto, o contexto geral fala a respeito de como se dá a espiritualidade do discípulo de Jesus, como deve ser sua relação com o Pai. Um dos exemplos que Jesus utiliza para ensinar os discípulos a respeito dessa relação com o Pai é a oração (considerada pela tradição rabínica uma obra de justiça, bem como o jejum e as e